sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Jornalismo no portfólio dos outros é refresco

Sempre me questionam o porquê de cursar Publicidade e Propaganda e não Jornalismo, já que aprecio e pretendo seguir a carreira da redação.
Um dos motivos que sustentam minha escolha é que, enquanto o redator jornalista noticia fatos e expõe opiniões contundentes, muitas vezes mascaradas, o redator publicitário não se contenta em somente escrever palavras, tem a árdua missão de vender através delas.
Mas a situação que me deixa extremamente frustrado é a de que um jornalista pode brincar de ser redator publicitário, mas o contrário não: escrever em jornal deve ser de uma complexidade extrema. Tão complexo que não precisam nem de diploma.
O que lanço é o seguinte: como um ser que não possui visão mercadológica alguma e a única coisa que sabe fazer é escrever prolixamente pode se candidatar a uma vaga de redator publicitário?
Como se não bastasse, têm a cara de pau de mostrar a pasta abarrotada de reportagens no momento das entrevistas em agências. Mas vem cá, nos matamos pra produzir um portfólio bacana, com peças bem esculpidas, pra ter de engolir um candidato à vaga de redator publicitário desfilando reportagens? Faça-me o favor. Há algumas semanas comprovei a descrição acima. Soube que o diretor da agência em que fiz entrevista contratou uma jornalista, formada e com a pasta cheia (de reportagens). Pois bem. Passada uma semana e todo seu "talento" fora revelado, seguido da notícia esperada: rua. Imagino até o job: "Divulgar a promoção do Dia das Crianças nas lojas..." - e a jornalista - "Na próxima terça-feira (12) as lojas xxx estarão em promoção, ressalta o vendedor..."
Escrever aprendemos no primário, mas como tornar um texto solto e persuasivo aprendemos na escola chamada agência.
O alerta que faço é que nossa área vem sofrendo uma forte pressão: o mercado, saturado e, ao mesmo tempo, escasso de bons profissionais, começa a consumir muitos sem visão alguma, preparo e feeling necessários para um rendimento genuíno.
Outro motivo que não me desperta interesse pelo jornalismo atual, é que este vem se corrompendo de forma grotesca e fútil. Quem nunca viu uma mãe que, após perder seu filho assassinado, se dirige à delegacia e é surpreendido por indagações de jornalistas com perguntas cretinas: -"Qual é o sentimento da senhora? Deseja vingança? Não, por certo deseja que os bandidos continuem a matar.
O jornalismo barato e voltado ao controle da massa impera e modela a forma com que a sociedade enxerga os fatos. Tudo sob a ótica maniqueísta e monopolizadora dos grandes vilões por trás das manchetes.
O povo brasileiro se acostumou a acreditar nas meias verdades do jornal: "se o William Bonner falou, tá falado, pra quê ir atrás das provas?"
Claro, vale lembrar que, como em todos os setores, existem os bons profissionais dotados de posturas sólidas e confiáveis e aqueles que estão ali meramente para fazer nome e atingir o auge de seguidores no Twitter.
A relevância das notícias hoje é simplesmente "mato". Palavras estampadas somente com o intuito de vender, polemizar e acariciar seus leitores em sua zona de conforto.
Por essas e outras, curso, adoro e recomendo: Comunicação Social, mas com habilitação em Publicidade e Propaganda.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

?

Hoje abro meu texto fechando-o.
Fechando pois sentei aqui mas não parei para refletir sobre o quê exatamente refletir e por no papel virtual.
Fiquei na dúvida se falaria sobre a futilidade que toma a rede social, tal como Geisy Arruda e CALA BOCA GALVAO. Se bem que este último foi bem merecido e confesso que fiz parte do 'movimento' rettuitando também.
O fato é que hoje estou com um espírito crítico afiado. Ou não.
Talvez pudesse falar sobre o movimento aqui em Curitiba semana passada, contra a corrupção. Mas não sei, falo tanto de corrupção por aqui que todos já perceberam que sou apolítico.
Afinal, sobre o quê escrever? Sobre os jogadores brasileiros que se naturalizaram em outros países e jogam contra nós na Copa? Sobre a nação descontente com a Seleção? A regra é clara: não enrola Raphael, fala sobre, sei lá, as vuvuzelas?!
Não, talvez sobre a notícia que muitos já haviam esquecido do apagão deste ano (vai ficar pro próximo post, não perca!).
E se eu falasse sobre a tragédia do ônibus ligeirinho (até demais) que matou 2 pessoas aqui em Curitiba?
Não, isto está virando regionalismo e meu blog é pro Brasil todo, ou melhor, pro mundo todo.
É, já estou naquela parte que os professores chamam de desfeixo do texto, mas estou mais perdido que surdo em bingo e ainda não defini nem o desenvolvimento.
Bom, o importante é que tentei, só queria mesmo é brincar com as palavras hoje.
Ver como elas fluem sem mesmo ter um tema, ou mesmo por não ter nada pra fazer (mentira).
Perceba que hoje não estou usando palavras difíceis, até mesmo para não me confundir nesse mar de dúvidas pungentes (ops, usei).
Acho que é isso caro leitor, você que perdeu seus 2 minutos preciosos para ler esta inutilidade, mas não futilidade, meus pêsames.
A mim, só resta pensar antes de sair escorrendo palavras por aí e, quem sabe, um pouco menos de criatividade.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Cegos Somos Nós

7:55 da manhã. Entrei no ônibus a caminho da agência.
Só havia um banco livre, com um homem sentado ao lado da janela. Sentei.
Me acomodei ao seu lado e coloquei meu singelo fone de ouvido com mau contato.
Quadras vão, ruas vêm. Este homem, também com fones de ouvidos, reproduzindo a rádio 98 FM (olhei no celular dele), começa a abrir um sorriso contagiante, despreocupado com qualquer adversidade.
Rindo sozinho, por certo pelo conteúdo chegando aos seus ouvidos, muitos olham julgando-o mentalmente como louco.
Logo o celular do homem toca. Ele atende pelo viva voz, conectado aos fones.
No outro lado da linha alguém fala de campeonato (não sei do quê) e ele mais rí do que conversa.
Dois minutos depois, outra ligação. O homem começa a contar que trabalha pela prefeitura, e explicar que softwares para deficientes visuais são diferentes para Windows e para Linux.
Sim. O homem ao meu lado é cego e eu não havia dado conta disso.
Foi aí que reparei em seus pertences: Bengalinha para andar dobrada na mochila e óculos escuro arredondado nas bordas.
A riqueza de detalhes do meu texto nem se compara com a riqueza de caráter e superação do homem em questão.
Mas quem era aquele homem? Como pôde ir trabalhar logo cedo dando risada e conversando alegremente, se era cego?
Por alguns minutos perplexiei pela forma com que esse meu amigo desconhecido parecia encarar a vida. Me coloquei em seu lugar e ainda me pego pensando como seria ser deficiente visual.
Nós estamos mal acostumados a enxergar o mundo do alto das poltronas de nosso apartamento ou da sacada do sobrado.
Ponha-se no lugar de uma pessoa cega e enxergue a realidade do mundinho em que vivemos, em que nada está bom e reclamamos do Sol, da chuva, do vento e do frio. Um deficiente visual não consegue nem ver se é dia ou noite.
Se tivéssemos esta mesma deficiência garanto que preferiríamos a morte.
Onde quero chegar é que o ser humano se entrega fácil, desisti por quase nada. O quase é o pior.
Fica o exemplo do meu amigo do ônibus que nem sei o nome, mas que humilha qualquer outro nome em matéria de humildade e de não abatimento com nada.

Ele estava ali. Pronto, sem reclamar do horário que acordou e, o mais importante: sem se queixar da vida que Deus lhe deu. Nada é mais relevante do que isso.

sábado, 1 de maio de 2010

Minhas Palavras

Minhas palavras atravessam oceanos sem sair do papel.
Queimam como brasa na lenha
Como flecha no deserto
Inflamam corações imundos e falso-morais.
Minhas palavras ardem como ferimento novo
Tocam aqueles que as recebem
Recebem aqueles que as tocam
Minhas palavras são francas
Curtas, grossas, belas
Transcendem fases e frases
Minhas palavras gritam, urram
Se propagam pelos ventos
Pedem a mim para as por no papel
No papel, no virtual, no verbal:
Contundentes ou não,
Minhas palavras são minha maior riqueza.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Sátira Real

PROCURA-SE ESTAGIÁRIO

A Inescrúpulo Propaganda, agência em expansão (1 cliente), busca estagiário para atuar na área de:
Cafézinho, Atendimento, Criação, Mídia, Planejamento, Web, Limpeza, Segurança e Financeiro.
Importante dominar bem todas as áreas e desempenhá-las com pontualidade, desdobrando-se em 10.
Os requesitos básicos são:

- Domínio de todos softwares (preferencialmente em inglês);
- Vivência no exterior por no mínimo 5 anos;
- Fluência em Inglês, Espanhol, Alemão, Russo e Francês (Japonês também pode ser requisitado em entrevista);
- Experiência de no mínimo 5 anos em agências grandes americanas e/ou brasileiras;
- Necessário ter excelente texto, com no mímino, 20 artigos vencedores do INTERCOM nos últimos anos.
- Cursando o 20º período de Publicidade e Propaganda pela Harvard, no mínimo.

Atividades:

- TODAS.

Interessados enviar um e-mail para: inescrupulopp@hotmail.com com portfólio de 30 peças (boas) e solicitar questionário. A partir daí, um questionário de conhecimentos gerais e outro de específicos, cada um contendo 100 questões, será enviado para preenchimento.
Após o questionário, os 10 melhores candidatos selecionados passam para a próxima fase da etapa de seleção, tendo que desenvolver 2 campanhas em 2 dias.
A última etapa será divulgada via Twitter e via Marketing viral, por isso estejam conectados 24 hrs se não quiserem perder a vaga.

domingo, 21 de março de 2010

domingo, 14 de março de 2010

O que temos para o jantar? BMW S1000!

Absurdamente criativo e desejável. Assim se faz o comercial da nova moto S1000, da BMW.

Não digo isso pela paixão que tenho por motos de grande porte como essa, mas sim pela inovadora forma com que conseguem passar a potência desta máquina incrível.

Surpreende até quem não gosta de motos, uma por ser BMW e, outra, por ser 1000 cc.

Só de ouvir o ronco único e magnífico já estava de bom tamanho, vendo ela então puxando a toalha de uma enorme mesa com 24 jogos de jantar completos,...meu Deus!

Tudo isso graças ao seu básico 0 a 100km/h em apenas 2.9 segundos.

Confira, ou melhor, imagine-a na janta: